Professores da rede
estadual de ensino relatam suas experiências com a leitura
Com o objetivo de aprimorar a
qualidade do ensino do estado de são Paulo, a EFAP oferece aos professores o
curso “Melhor gestão, melhor ensino”, cuja ênfase está na leitura e na
utilização dos recursos tecnológicos. A leitura nos dias atuais tem se dado –
principalmente, aos jovens - de maneira instantânea, fragmentada, devido às
tentações das mídias digitais. Portanto, há a necessidade de aproveitar esses
recursos em prol da leitura.
Ler sempre foi algo maravilhoso e
quem já o fez conhece bem o prazer de viajar e conhecer novo mundos literários.
A seguir, veja alguns depoimentos de quem adora ler e hoje incentiva, a
crianças e adolescentes, essas incursões no mundo imaginário e ficcional:
“Sou apaixonada
pelos livros e pela leitura. Minha mãe sempre gostou muito de ler e me
incentivou. Minha tia Carmen é professora e também lia e me presenteava com
livros. Quando eu ia com ela à escola em que dava
aula, meu lugar referido era a biblioteca. Sempre lecionei língua espanhola,
mas este ano estou tendo a oportunidade de trabalhar com leitura e produção de
texto e estou me realizando porque tenho contato direto com livros, com as
atividades relacionadas à leitura e está sendo muito bom desenvolver este
trabalho. A leitura é a luz da minha
vida.”
(professora Talita Antipas)
“Quando ainda não sabia ler, adorava
folhear e sonhar com as ilustrações dos livros. na 8ª série, me apaixonei por
Machado de Assis(Dom Casmurro), por O Guarani, Lucíola, entre outros.Fui
viajando com as histórias O meu pé de Laranja Lima,O Açúcar amargo. Enfim hoje
sou professora de Língua Portuguesa, gosto do que eu faço e faço com amor. A única viagem que não se paga é a viagem
com as histórias ao mundo dos livros.” ( professora Gracia Maria)
“O que marcou mesmo foi na 3ª série do ensino
fundamental, eu tinha uma professora de Português, que era maravilhosa, D.
Odette, deixava que fôssemos escolher os livros na biblioteca, quando não as
leituras determinadas, eram cobradas de maneira flexível, poderia fazer um
resumo, preencher a ficha de leitura ou dramatizar. Ah... Como eu gostava dessa
parte, pois eu amava teatro, foi nessa época que conheci vários autores e
livros, a série Vagalume, lemos quase todos. Essa fase foi muito importante
para mim, eu aprendi a gostar de ler da
importância da leitura, tanto em criatividade, emoção, e aprendizagem
ortográfica.
Amei minha fase de convite à leitura... E amo
ler até hoje.” (professora
Cristina Delphino)
“Ah! Vocês nem imaginam! Iniciei as minhas
primeiras séries em uma escola de fazenda, nem sei direito como era essa parte
pedagógica tão discutida hoje em nossos meios, mas tenho certeza que muitos se
recordam da tal cartilha "Caminho Suave". Quando comecei a ver este
lindo livrinho com os desenhos e as formações das palavras, queria manuseá-lo
todos os dias. (só para comentar, o tenho guardado até hoje). De fato o caminho
para a escola não era tão suave como o da cartilha... Hoje agradeço aos meus
pais o quanto fizeram por nós, sacrifícios para ver os filhos formados em meio
a tanta simplicidade querendo nos ver letrados.
Assim, ler,
escrever e interpretar é uma magia que nos faz refletir, sonhar, transformar o
mundo e se cada um de nós como educadores conseguíssemos esta façanha,
realmente o caminho será mais suave para os nossos alunos e desta maneira
poderemos dizer que temos um Brasil para Todos!”(professora
Maria Dircéia)
“Não tínhamos livros em casa, apenas umas revistas
velhas, os livros didáticos e os que minhas irmãs mais velhas ganhavam eram a
nossa diversão. Conheci “I-JucaPirama”, do Gonçalves Dias, “Macunaíma”, do
Mário de Andrade e “Ana Terra” (“O tempo e o vento”), de Érico Veríssimo, na 4ª
série. E adorávamos declamar o primeiro (Imaginem o coral que era em casa, pois
somos quatro irmãs: “sou bravo, sou forte, sou filho do Norte...”)!
Eu gostava de
ler e, com o passar do tempo, descobri a biblioteca da escola: a partir daí,
virei “rato de biblioteca”, mas de todas as leituras, a que mais me marcou foi
a de “Meu Pé de Laranja Lima”, do José Mauro de Vasconcelos... Era uma “viagem”
fantástica. Apaixonei-me mais ainda pela
leitura, pela literatura e pelas artes, de modo geral. Desde então, não parei
mais de "viajar" e procuro encontrar e levar novos passageiros comigo.”
(professora Célia do Nascimento)
Com
tantas histórias lindas relatadas, é inegável o poder de transformação da
leitura sobre as pessoas. E esta é a função e desafio dos educadores: fazer com
que o jovem se apaixone pela leitura num mundo em que o virtual é a realidade.
Por isso, é necessário integração e interação das tecnologias com a leitura.
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