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domingo, 9 de junho de 2013

Depoimentos de leitura e escrita das professoras que formam o Blog Leituras e Aulas Criativas.

Professores da rede estadual de ensino relatam suas experiências com a leitura
Com o objetivo de aprimorar a qualidade do ensino do estado de são Paulo, a EFAP oferece aos professores o curso “Melhor gestão, melhor ensino”, cuja ênfase está na leitura e na utilização dos recursos tecnológicos. A leitura nos dias atuais tem se dado – principalmente, aos jovens - de maneira instantânea, fragmentada, devido às tentações das mídias digitais. Portanto, há a necessidade de aproveitar esses recursos em prol da leitura.
Ler sempre foi algo maravilhoso e quem já o fez conhece bem o prazer de viajar e conhecer novo mundos literários. A seguir, veja alguns depoimentos de quem adora ler e hoje incentiva, a crianças e adolescentes, essas incursões no mundo imaginário e ficcional:
“Sou apaixonada pelos livros e pela leitura. Minha mãe sempre gostou muito de ler e me incentivou. Minha tia Carmen é professora e também lia e me presenteava com livros. Quando eu ia com ela à escola em que dava aula, meu lugar referido era a biblioteca. Sempre lecionei língua espanhola, mas este ano estou tendo a oportunidade de trabalhar com leitura e produção de texto e estou me realizando porque tenho contato direto com livros, com as atividades relacionadas à leitura e está sendo muito bom desenvolver este trabalho. A leitura é a luz da minha vida.” (professora Talita Antipas)
“Quando ainda não sabia ler, adorava folhear e sonhar com as ilustrações dos livros. na 8ª série, me apaixonei por Machado de Assis(Dom Casmurro), por O Guarani, Lucíola, entre outros.Fui viajando com as histórias O meu pé de Laranja Lima,O Açúcar amargo. Enfim hoje sou professora de Língua Portuguesa, gosto do que eu faço e faço com amor. A única viagem que não se paga é a viagem com as histórias ao mundo dos livros.” ( professora Gracia Maria)
“O  que marcou mesmo foi na 3ª série do ensino fundamental, eu tinha uma professora de Português, que era maravilhosa, D. Odette, deixava que fôssemos escolher os livros na biblioteca, quando não as leituras determinadas, eram cobradas de maneira flexível, poderia fazer um resumo, preencher a ficha de leitura ou dramatizar. Ah... Como eu gostava dessa parte, pois eu amava teatro, foi nessa época que conheci vários autores e livros, a série Vagalume, lemos quase todos. Essa fase foi muito importante para mim, eu aprendi a gostar de ler da importância da leitura, tanto em criatividade, emoção, e aprendizagem ortográfica.
Amei  minha fase de convite à leitura... E amo ler até hoje.”  (professora Cristina Delphino)

“Ah! Vocês nem imaginam! Iniciei as minhas primeiras séries em uma escola de fazenda, nem sei direito como era essa parte pedagógica tão discutida hoje em nossos meios, mas tenho certeza que muitos se recordam da tal cartilha "Caminho Suave". Quando comecei a ver este lindo livrinho com os desenhos e as formações das palavras, queria manuseá-lo todos os dias. (só para comentar, o tenho guardado até hoje). De fato o caminho para a escola não era tão suave como o da cartilha... Hoje agradeço aos meus pais o quanto fizeram por nós, sacrifícios para ver os filhos formados em meio a tanta simplicidade querendo nos ver letrados.
Assim, ler, escrever e interpretar é uma magia que nos faz refletir, sonhar, transformar o mundo e se cada um de nós como educadores conseguíssemos esta façanha, realmente o caminho será mais suave para os nossos alunos e desta maneira poderemos dizer que temos um Brasil para Todos!”(professora Maria Dircéia)

“Não tínhamos livros em casa, apenas umas revistas velhas, os livros didáticos e os que minhas irmãs mais velhas ganhavam eram a nossa diversão. Conheci “I-JucaPirama”, do Gonçalves Dias, “Macunaíma”, do Mário de Andrade e “Ana Terra” (“O tempo e o vento”), de Érico Veríssimo, na 4ª série. E adorávamos declamar o primeiro (Imaginem o coral que era em casa, pois somos quatro irmãs: “sou bravo, sou forte, sou filho do Norte...”)!
       Eu gostava de ler e, com o passar do tempo, descobri a biblioteca da escola: a partir daí, virei “rato de biblioteca”, mas de todas as leituras, a que mais me marcou foi a de “Meu Pé de Laranja Lima”, do José Mauro de Vasconcelos... Era uma “viagem” fantástica. Apaixonei-me mais ainda pela leitura, pela literatura e pelas artes, de modo geral. Desde então, não parei mais de "viajar" e procuro encontrar e levar novos passageiros comigo.(professora Célia do Nascimento)

Com tantas histórias lindas relatadas, é inegável o poder de transformação da leitura sobre as pessoas. E esta é a função e desafio dos educadores: fazer com que o jovem se apaixone pela leitura num mundo em que o virtual é a realidade. Por isso, é necessário integração e interação das tecnologias com a leitura.



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